Valor da passagem de ônibus pode ser revista na Capital, após alta do diesel Consórcio Guaicurus solicitou que Agência refaça o cálculo da tarifa técn

O aumento do barril do óleo diesel pela Petrobras, no início do mês, levou o Consórcio Guaicurus, concessionária responsável pelo transporte coletivo e urbano de Campo Grande, a pedir que a Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg) faça a revisão da tarifa técnica deste ano.

Segundo o presidente do grupo, João Rezende, como o aumento foi muito grande, a previsão da concessionária é de que a tarifa técnica, que foi calculada em R$ 5,14 no ano passado e que está sendo aplicada apenas para órgãos públicos, possa chegar a R$ 5,50.

“Protocolamos um documento na sexta-feira retrasada na Agereg fazendo esse pedido, porque é um impacto muito grande. Para se ter uma ideia, o diesel era responsável por cerca de 25% na composição do valor da passagem, mas com essa disparada o porcentual passou para mais de 30%”, declarou Rezende.

Segundo o presidente do Consórcio Guaicurus, esse pedido de revisão não seria, necessariamente, para que a passagem aumentasse para o consumidor, mas, sim, que a prefeitura assumisse essa diferença e aumentasse o valor do subsídio, que já foi, inclusive, aprovado pela Câmara Municipal em fevereiro.

“O que o Consórcio quer não é naturalmente que a prefeitura aumente tarifa, porque fica ruim para o cliente, no entanto, ela tem de subsidiar essa a diferença, porque as pessoas não suportam pagar nem os R$ 5,14 da tarifa técnica, que dirá esse valor agora. Mas também não temos condições financeiras de suportar essa diferença, e a prefeitura tem obrigação de disponibilizar transporte coletivo para as pessoas”, alega.

O valor da passagem de ônibus foi reajustado no início do ano para R$ 4,40, apenas R$ 0,20 de diferença para o valor anterior. Entretanto, como forma de compensar a não aplicação do valor integral da tarifa técnica, a prefeitura fez acordo com as empresas que formam o consórcio.

A administração encaminhou projeto que isentava a passagem deste ano do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) e também determinou a remissão dos valores cobrados pelo imposto em 2021 e 2020. Além disso, a prefeitura também se comprometeu a repassar até R$ 12 milhões em 2022, divididos em 12 parcelas, que podem chegar a R$ 1 milhão.

O valor seria referente aos estudantes da Rede Municipal de Ensino (Reme) que utilizam da gratuidade e também de pessoas com deficiência.

“O que pedimos para a Agereg foi recalcular, senão vai chegar a uma situação que o serviço ficará inviabilizado, em função da disparada do diesel. Estamos aguardando que Agereg tome as providências para que o contrato não fique desequilibrado e seja impossível de ser cumprido. Se não tivermos resposta, vamos ter de reiterar o pedido, mas se também não tiver resposta, vamos tomar providências”, alegou Rezende.

 

CÂMARA

Na Câmara Municipal, alguns vereadores afirmaram que esperavam por este pedido do Consórcio Guaicurus, já que o aumento no litro do óleo diesel chegou a quase 20%.

Para o presidente da Casa de Leis, vereador Carlos Borges, o Carlão, este pedido de reajuste extraordinário deve correr em tramitação também para aprovação dos parlamentares.

“Subiu o óleo agora em 20 e pouco, quase 30%, vai vir de novo para a Câmara tomar alguma decisão sobre esse negócio de aumento de passagem ou não. O diesel aumentou de uma vez o que aumentava em um ano, aumentava 4,5% e agora aumentou 25%, eles vão vir reclamar para a Câmara”,

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