Mesmo com R$ 273 milhões de IPTU, prefeitura deixa de pagar obras de asfalto -


No Nova Lima, única lembrança de obra é placa que alerta sobre impedimento no trânsito. (Foto: Kísie Ainoã)
Mesmo com R$ 273 milhões do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) arrecadados em janeiro e dentro dos cofres, a Prefeitura de Campo Grande tem deixado de pagar empreiteiras responsáveis por obras importantes. Uma delas, a GTA Projetos e Construções Ltda encaminha três, mas todas a passos lentos, porque já pediu a rescisão contratual, porém esta ainda não foi analisada pelo município. - 
Advogada da empresa, Hanna Issa informou que o pedido de encerramento do contrato foi feito em novembro do ano passado, mesmo mês em que a empreiteira interrompeu obras da Avenida Calógeras por atrasos no pagamento. “Fizemos o pedido de rescisão dos três contratos e a prefeitura pediu que efetuássemos as obras até certo ponto, até que saísse resultado de análise do pedido, mas a prefeitura não analisou ainda”, citou a advogada.
Pelos dados da Transparência Municipal, os três contratos em vigor são as etapas C lote 1 e D de pavimentação de ruas do Bairro Nova Lima e implantação de corredor exclusivo na Avenida Calógeras, em trecho que vai da Avenida Mato Grosso até a Eduardo Elias Zahran.
Em relação ao primeiro, o período de vigência seria de 19 de abril até 15 de dezembro de 2022, com valor inicial de R$ 18.624.324,60. Mas ele foi aditivado, subindo para R$ 22.706.832,79. Entretanto apenas R$ 4.842.473,40 foram pagos. O Portal de Obras municipal revela que da etapa C do Nova Lima, 20% das intervenções foram concluídas.
Da etapa D, do contrato de R$ 12.743.055,27, somente R$ 638.708,54 foram pagos até agora e a vigência seria de 25 de janeiro a 22 de setembro de 2022, com 2% finalizados. Com relação ao corredor da Calógeras, foram contratados R$ 16.618.889,43, sendo pagos R$ 3.909.878,15 até agora e há 23% de conclusão.
O site da Transparência Municipal também mostra os pagamentos feitos à GTA entre o período de 1º de janeiro de 2022 até 2 de fevereiro deste ano, e o último ocorreu em 6 de dezembro do ano passado no valor de R$ 451.931,59.
 -“Neste último ano, quase que todo ano tocamos a obra da Calógeras por conta própria e o que nos salvou foi que fazemos parte de um grupo de empresas. Nós pagamos os fornecedores e pedimos a rescisão. Com receio de ocorrer a mesma coisa, pedimos a rescisão também do Nova Lima, mas estamos sem resposta até agora”, afirmou Hanna.

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