Envolvido em acidente que matou ciclista foi embora por medo de ser espancado, diz delegada

Em entrevista coletiva no final da manhã desta terça-feira (30), a titular da 7ª Delegacia da Polícia Civil de Campo Grande, Francieli Candotti, responsável pela investigação da morte do ciclista Wyllyan Caldeiras,  de 18 anos, que faleceu após bater na porta de um carro e ser atropelado por um ônibus, disse que o motorista responsável pelo acidente apenas fugiu do local no dia do ocorrido porque ficou com medo de que populares o espancassem. 

O acidente aconteceu no sábado (27), na rua Nove, no bairro Nova Campo Grande. O ciclista morreu no local. 

De acordo com a delegada, as imagens captadas no momento do acidente mostram que a vítima caiu ao lado da porta do motorista, que estava aberta e, ao vê-la no chão, o condutor do carro entrou em choque e foi embora, sem prestar socorro. 

“Ele disse que fugiu por causa da atitude das pessoas ali no local”, disse, completando que o homem, que não teve a identidade revelada, foi indiciado por por homicídio culposo, agravado pela omissão de socorro quando é possível fazê-lo.Contudo, a delegada também afirmou que, de acordo com uma testemunha, demorou para as pessoas se aproximarem do local do acidente e notar o que aconteceu, o que pode fazer com que as alegações do homem caíam por terra ao decorrer da investigação. 

“O motorista do ônibus desceu e trancou a porta, não deixou os passageiros descerem, ele vai primeiro para ver o que aconteceu.”, relembrou a delegada. 

Após ver que havia atropelado uma pessoa, o motorista do ônibus também entrou em choque e as pessoas começam a sair do veículo. Neste momento, o suspeito de causar o acidente já havia ido embora do local do acidente.

Conforme o apurado, o motorista do carro não possui carteira de motorista e saiu de casa para comprar uma medicação para o filho. 

O homem se apresentou à polícia nesta terça-feira (30), três dias após o acidente, que aconteceu no sábado (30). Ele prestou esclarecimento e foi liberado, uma vez que a prisão não foi em flagrante, não cabendo prisão preventiva.

Ele chegou acompanhado de dois advogados e com a cabeça coberta com um pano para não ser identificado. De acordo com a defesa, o autor e sua família estão “abalados” e “muito sentidos” com a morte do rapaz.

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