Acordo tem pontos inaceitáveis', dizem ambientalistas sobre desmatamento no Parque dos Poderes
Após reunião na Procuradoria-Geral do Ministério Público de Mato Grosso do Sul nesta segunda-feira (23) sobre o desmatamento no Parque dos Poderes, ambientalistas dizem que 'acordão' tem "pontos inaceitáveis".
No último dia 03 de outubro, a advogada dos ambientalistas, Giselle Marques de Araújo, havia pedido ao juiz Ariovaldo Nantes Correa, da 1ª Vara Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande que fosse solicitada "a locação das áreas de preservação permanente a serem desmatadas, já que o acordo menciona que ‘se’ tiverem áreas de proteção permanente só poderão ser desmatadas nas hipóteses do Código Florestal”.
Na ocasião, o juiz suspendeu temporariamente a apreciação dos termos do acordo até que um relatório detalhado fosse entregue. Outro ponto debatido foi a previsão do Estado compensar o desmatamento eventualmente realizado nas áreas em que o acordo permite, “preferencialmente” dentro do Complexo dos Poderes e não em qualquer área de Campo Grande como constava no termo.
Assim, o mapeamento foi apresentado durante a conversa nesta semana e será avaliado pelo magistrado. "O juiz vai analisar as informações apresentadas pelo Ministério Público, as quais foram solicitadas pelos movimentos representantes das entidades da sociedade civil e ambientalistas na primeira audiência. Pelos debates até aqui realizados, ficou claro que há pontos do acordo que são inaceitáveis", sustentou.
Segundo ela, o Ministério Público informou que "não há áreas de Preservação Permanente a serem desmatadas".