Em estado grave, mulher aguarda há mais de 16h por ambulância

Internada em estado grave, a paciente Zenir Teresinha Bazzi aguarda há mais de 16 horas por uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). A paciente sofre de insuficiência renal crônica e doença pulmonar obstrutiva crônica e deu entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) na quarta-feira (13), por volta das 6h da manhã com complicações pelas doenças.

Conforme apurado, a paciente está com os batimentos cardíacos elevados e a pressão alta e corre o risco de sofrer uma parada cardiorrespiratória a qualquer momento. A unidade de saúde não possui equipamentos para tratar o quadro de saúde de Zenir, por isso ela precisa ser transferida para algum hospital que atenda casos de alta complexidade.

A paciente conseguiu uma vaga no Hospital Regional às 17h15 de ontem, mas até a manhã desta quinta-feira (14), a família não havia conseguido uma ambulância para realizar o transporte.

De acordo com o filho da paciente, Samuel Bazzi, 27, o Samu havia pedido o prazo de três a quatro horas, ainda ontem, para liberar uma ambulância, porém o resgate não veio. "Se ela tiver uma parada cardíaca a medica falou que ela não volta. Estão tentando manter ela estável e sedada. A gente liga [no Samu] eles falam que vão vir assim que possível, mas nunca vem. Ela vai infelizmente falecer aqui', lamenta o filho.

A filha da mulher, Tamara Bazzi, 29, também passou a noite na unidade do saúde junto com o irmão, ao lado da mãe, e conta que a família não tem condições de pagar por uma ambulância particular. "A gente não sabe o que que faz. A gente passou a noite aqui no Upa esperando. Eles falam que estão vindo mas nunca chega aqui".

Falta ambulância - Durante audiência pública realizada no início dessa semana na Câmara dos Vereadores, a Prefeitura de Campo Grande divulgou que das 16 ambulâncias do Samu, oito estão paradas, ou seja, os atendimentos contam com metade da estrutura.

Uma auditoria feita por técnicos do Ministério da Saúde ainda revelou que três viaturas do Samu estavam encalhadas havia meses, uma por 355 dias, outra por 263 e a terceira por 176 dias, e dez precisavam de diferentes tipos de reparos.

Essa condição prejudica o chamado tempo resposta, que é o necessário para o socorro. Na Capital, o atendimento chega em até 28 minutos.
A reportagem procurou a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), para questionar a demora para enviar uma ambulância para realizar o transporte da paciente e aguarda uma resposta.


 CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

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